quinta-feira, 27 de março de 2008

Ode à boa disposição

O nonsense

Forma irresponsável de não levar a vida com a seriedade devida, ou veículo de boa disposição na sua mais livre forma de expressão?

Eu abraço o nonsense, exagero por vezes mas sinto-me livre ao deixar a minha imaginação correr como uma gazela a fugir de um leão cinzento.

Porque não pensar porque é que o Capitão Roby não sofreu nenhuma tentativa de assassinato, já que se meteu com tantas mulheres casadas?

Porque não chegar ao pé de um grupo de amigos e recitar uma estrofe do Porco?

Porque não começar a dançar na rua ao som de uma música que está apenas e só na nossa cabeça.

Porque não gritar "You take no mushroom" ao matar ogres no WoW?

Porque não chegar ao pé de um grupo de raparigas e lhes perguntar se vêm o Lost?


Tão refrescante e motivador que é estar com pessoas que compreendem e partilham uma visão alternativa da realidade.
Tão desencorajador olhar para uma face e ver a sua recusa para abrir os horizontes, os músculos da cara a contraírem-se em uma carantonha de incompreensão, estranheza e "este gajo é masé maluco".
Essas pessoas representam o cinzento onde a sua imaginação não vai além de objectivos reais.


Cores vivas, paz, amor e felicidade.

4 8 15 16 23 42


=)

quinta-feira, 6 de março de 2008

Poemas...

Inspirações são assim... vão e vêm... (as minhas fazem um interrail até voltarem >_>)

Gostava de dedicar este post a uma menina de quem eu gosto muito que me contou histórias sobre a vida académica e o tempo do antigamente e me enche a minha quota diária de escárnio e mal-dizer. Ela vagueia no mundo paralelo a que chamam de hi5 mas eu perdoo-a

Ela é uma menina que cresceu numa zona problemática do Paquistão mas conseguir chegar a Portugal num camião televisivo aquando das coberturas televisivas da guerra no Afeganistão.

Toda a gente lhe chama Mafalda, mas eu chamo-lhe Madrinha.

O porco

O porco ri
O porco chora
O porco sorri
O porco te adora.

O porco tem chouriço
O porco tem orelha
O porco é metediço
O porco olha-te de esguelha

O porco tem pernil
O porco banha
O porco não está senil
O porco ainda tem muita manha

O porco é matreiro
O porco é maroto
O porco é doentio
O porco é um escroto

O porco te acena
O porco te alicia
O porco está confiante
na sua malícia.


Disclaimer: nenhum objecto de borracha foi utilizado na concepção deste post.

terça-feira, 4 de março de 2008

A vegetação nas cidades.

Ouvir Sara Tavares enquanto lê este post aumenta consideravelmente a sua sensação de bem estar. (Varia de pessoa para pessoa, não recomendado a grávidas ou bebés com idade inferior a 18 meses).

É tão interessante ver uma nova urbanização a desenvolver-se... desde os buracos fundos para alicerçar os prédios, ao alcatroamento das estradas de acesso, ao empedrejamento das ruas onde as famílias irão andar, seja para passear à volta da urbanização, uma ida ao parque de diversões para os petizes ou os metros que distanciam a entrada da garagem da porta do seu lar.

Com uma nova urbanização vem um pedaço privacidade do emprego, do rebuliço do dia-a-dia, do mundo exterior. Vem o subúrbio onde os filhos podem ser protegidos do "fumo" da cidade e se divertirem com as outras crianças, desse subúrbio.

Temos então um lugar estéril, cheio de betão armado com algumas árvores plantadas para dar o efeito de vizinhança, onde em nada se difere de um outro prédio ou casa senão por estar mais recluso do rebuliço.

Mas divago...

Com as construções permanentes que observamos no dia-a-dia, vemos mais um prédio, centro comercial ou lar de idosos a ser construído. Mas... o que é que isso destroi?

Talvez por uma nostalgia estranha, vejo as vegetações, não as relvas e árvores todas alinhadas e bem tratadas, mas os arbustos selvagens e terrenos descampados como parte da história da cidade e ao vê-los ser sistematicamente substituídos por construções faz com que tenha um sentimento estranho dentro de mim.. Onde foi o terreno entre prédios onde jogava à bola? As vegetações selvagens de onde perdi algumas bolas e muitas horas a desbravar numa bela tarde de Verão?

Simples nostalgia, não contra o avanço do tempo.

Pensamento: Olhem à volta da vossa casa e procurem algum pedaço de vegetação que permaceça bravio. Depois olhem á volta. Não sentem o tempo a passar entre a vegetação e a urbanização? Não sentem que os prédios vieram invadir um espaço selvagem?